www.dme.ufrj.br/ebebx
EBEB é a sigla de Encontro Brasileiro de Estatística Bayesiana. Os EBEB´s são encontros científicos regulares de acontecem na Brasil a cada 2 anos e são realizados para discutir avanços no área de Estatística Bayesiana. Normalmente as atividades desses eventos consistem em palestras, mesas redondas e apresentações em formato poster (as fotos acima são da 10a edição). A 12a edição do evento acaba de ser realizada na semana passada. Participei de quase todas as edições, desde a 1a., realizada em 1990 e organizada pelo grupo de pesquisa de São Carlos e fiz parte da organização de algumas edições.
Na ocasião do 1o encontro tive o privilégio de ser o 1o palestrante. Isso não foi nenhuma distinção, como costuma se praticar em muitos congressos, onde o conferencista de abertura é uma figura de destaque e muitas vezes o convidado mais importante. Estávamos apenas começando a trilhar o caminho da pesquisa em Estatística Bayesiana no Brasil e acho que calhou de ter sido o 1o indicado a falar. Mas guardo com orgulho essa distinção conferida (eu acredito) pelo acaso. Aquilo que começou como um encontro quase que informal de umas poucas dezenas de pesquisadores que começavam na carreira científica acabou se transformando em um evento científico de porte nacional, e com capacidade até de atração de pesquisadores do exterior.
O evento vinha seguindo o padrão dos grandes encontros nacionais da nossa área, com participação em torno de 150 inscritos nas suas últimas edições. A maioria dos inscritos é constituida de pesquisadores e alunos de pós-graduação, divulgando seus trabalhos de pesquisa. Mas uma parte considerável era constituida de alunos de graduação que vinha satisfazer sua curiosidade sobre o assunto ou mesmo apresentar trabalhos de iniciação científica.
Essa 12a edição (ver programa do evento) mudou esse padrão. Houve um número bem mais reduzido de participantes desta vez. Acredito que a grande mudança foi a quase supressão dos alunos de graduação e profissionais do mercado. Acho que nesta edição, todos participantes tinham algo a apresentar e não eram trabalhos de iniciação mas contribuições científicas originais. Outra mudança desta edição foi que a imensa maioria dos participantes era oriunda do interior de São Paulo. Não sei precisar a que se deveram essas mudanças de padrão mas talvez o fato de ser em realizado em um hotel-fazenda no interior de São Paulo durante o período letivo explique em parte essa mudança.
Deixo para cada um a avaliação se essas mudanças são boas ou não. Mas o fato é que elas imprimiram um carater muito mais técnico ao evento do que estamos acostumados a ver nos nossos encontros nacionais. Acho que ainda temos espaço para melhorar em termos de qualidade mas o evento ficou mais próximo do padrão que encontramos nos eventos internacionais. Outro ponto que me chamou a atenção foi a presença de trabalhos associados a outras formas de ver probabilidade. Mas isso será tema da postagem da próxima semana.
Que venha a próxima edição em 2016 para verificarmos se tudo isso foi só um transiente ou mudança de padrão que veio para ficar. Pretendo estar lá para ver!
Nenhum comentário:
Postar um comentário